
Terapia Ocupacional
O que é a Terapia Ocupacional?
A Terapia Ocupacional é uma profissão da área da saúde que estuda as ocupações humanas e intervém no sentido da promoção da independência e autonomia.
Os terapeutas ocupacionais que trabalham na área da pediatria, têm como objetivo a promoção das competências da criança (motoras, cognitivas, sensoriais, emocionais e sociais) que limitam o desempenho ocupacional, para melhorar a participação nas suas atividades do dia-a-dia (brincar, comer, atividades escolares, interação com os pares e adultos, vestuário) nos diversos contextos em que está inserida.
O terapeuta ocupacional colabora com pais e educadores, cedendo estratégias, ajudando na seleção de materiais e na adaptação do ambiente, de modo a facilitar a aquisição de novas competências.
O que é a Integração sensorial?
A Integração Sensorial é o processo neurológico que organiza a informação que recebemos do nosso corpo e do mundo que nos rodeia, para depois utilizarmos na nossa vida diária. Dá significado ao que experienciamos através da seleção da informação que é relevante e permite-nos agir ou responder às situações de forma a que tenham significado.
A sequência lógica é perceber, organizar e responder, mas muitas crianças têm dificuldade em segui-la e enfrentam a Disfunção do Processamento Sensorial.
Desde a fase pré-escolar, pais e educadores encontram sinais dessa disfunção, que tem consequências em vários níveis. A Integração Sensorial é a base para um desenvolvimento sensório-motor, um comportamento social e uma aprendizagem académica adequados.
A integração sensorial é uma abordagem da Terapia ocupacional e no decorrer da intervenção pretende-se que o sistema nervoso da criança melhore a capacidade para modular, organizar e integrar a informação do meio. São dadas oportunidades para planear ações, respondendo aos desafios crescentes que vão surgindo, permitindo respostas adaptativas cada vez mais complexas, através do brincar.
Deve-se ter em atenção os sinais de alerta que justificam o encaminhamento para avaliação de um Terapeuta Ocupacional, especializado em Integração Sensorial.
Quando procurar um terapeuta ocupacional?
Criança
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Ser desastrada e cair com muita frequência;
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Esbarrar nos objectos;
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Ter dificuldade no vestir/despir;
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Ter dificuldade em sentar-se na cadeira – por exemplo, senta-se na ponta da cadeira ou senta-se com muita força;
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Fazer tanta pressão no lápis, que parte muitas pontas de lápis;
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Não gostar de atividades “sujas”, tais como plasticinas ou digitintas;
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Ter dificuldade em permanecer numa fila de crianças, especialmente se estiver entre crianças;
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Estiver constantemente a tocar ou a pôr na boca objetos não comestíveis;
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Tiver medo de alturas, elevadores, escadas;
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Evitar baloiços ou equipamentos do parque infantil;
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Tiver necessidade excessiva de movimento intensos (rodopiar, saltar, balançar-se);
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Gostar de chocar contra as coisas e pessoas e de tudo o que dê impacto no corpo;
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Distrair-se facilmente com o barulho;
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Tapar os ouvidos quando ouve sons inesperados (autoclismo, sirenes, aspirador…);
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Ter comportamentos desadequados de fuga, ansiedade ou agressividade perante barulho inesperado, como por exemplo no centro comercial;
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Evitar contacto ocular;
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Gostar muito de estímulos visuais intensos como objetos que rodam, luzes que piscam, etc;
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Evitar novas comidas com novos sabores ou cheiros;
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Mostrar uma forte resistência à alteração na temperatura da comida ou bebida;
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Reagir defensivamente à comida na boca, especialmente a certas texturas;
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Comer/mastigar e/ou cheirar por rotina objetos não comestíveis;
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Tiver aversão a atividades com água, como tomar banho, lavar o rosto e lavar as mãos;
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Expressar angústia na lavagem dos dentes e no pentear do cabelo;
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Ter dificuldade em adormecer e em manter-se a dormir;
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Dificuldades na coordenação motora global e fina.