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O seu filho tem dificuldades alimentares? O papel do terapeuta ocupacional.

Certamente que no seu meio conhece muitas pessoas que preferem o quente ao frio, o doce ao salgado e a carne ao peixe ou vice-versa. Também as nossas crianças são assim: uma pode gostar de ingerir alimentos salgados e a outra pode interpretar essa experiência como intensa e negativa.

Quando damos uma dentada, por exemplo, numa fruta, a nossa experiência vai além de saborear o alimento. Na verdade, o gosto, o cheiro, a textura, a temperatura, a consistência, o som (da dentada) e a visão (os olhos também comem!), encontram-se presentes, desde o primeiro momento, e traduzem-se na possibilidade de não gostarmos de certos alimentos.



Todos nós temos as nossas preferências sensoriais, porém, existem crianças que são excessivamente sensíveis, sendo importante o nosso olhar cuidadoso. Assim, o momento das refeições onde existem muitos cheiros, sabores, texturas, luzes, sons e outras pessoas, pode ser um verdadeiro pesadelo para algumas crianças.

As crianças que têm dificuldade em organizar todos estes estímulos podem ficar desconfortáveis e reagir de forma negativa. Elas podem também manifestar náuseas ou vómitos ou mudar bruscamente o comportamento (gritam, choram, empurram o prato, tentam fugir da situação) no momento em que lhes oferecem o alimento.


O fato da criança chorar nem sempre é sinonimo de uma birra, pode simplesmente ser incapaz de processar algum tipo de textura, volume, quantidade e/ou temperatura dos alimentos.

Todos conhecemos uma criança que é “esquisita” e a quem é muito difícil dar de comer. Nestes casos, normalmente, a família já tentou de tudo, sem sucesso e por vezes, algumas pessoas justificam este comportamento com o fato de se tratar de uma criança que está a tentar manipular o adulto... mas será mesmo assim?


O terapeuta ocupacional tem uma visão diferente... provavelmente a criança estará a passar por aquilo a que chamamos de disfunção do processamento sensorial.


Estejamos atentos a alguns sinais de alerta:


· Não gostar de lavar os dentes;

· Recusa de alimentos com base no sabor, textura ou temperatura;

· Não tolerar a junção de texturas, por exemplo, iogurte com pedaços;

· Engasgar-se ou ter vómitos, por exemplo, com os bocadinhos de legumes na sopa;

· Só querer alimentos com sabores suaves, como pão, massa, arroz, carnes sem molho e pouco temperadas;

· Não gostar de cheiros que acabam por ser indiferentes a outras pessoas, como por exemplo, o cheiro da banana;

· Sentir vontade de vomitar perante cheiros intensos.


O Terapeuta Ocupacional pode ajudá-lo na compreensão dos padrões sensoriais que interferem com o desempenho do seu filho na alimentação e orientá-lo com estratégias para fazer em casa antes e durante as refeições.


Tem dúvidas ou questões que gostasse de ver esclarecidas?

Não hesite em contactar-nos.

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